São Paulo, dança! Equilíbrio, coordenação e expressividade num trabalho coletivo

São Paulo dança ao som de muitas tribos: funk, samba e pagode.A esses ritmos mais conhecidos se misturam outros, do coco e do forró, trazidos de vários Estados do país. Além disso, teatros da cidade também oferecem temporadas de dança, desde o balé clássico até as manifestações mais contemporâneas.Tudo pode estar ao alcance das crianças: veja, a seguir, um projeto que ajuda a ampliar o conhecimento sobre a história e a expressão do movimento


Dançar é tão importante para a criança quanto falar, contar ou aprender geografia (Maurice Béjart, 1973). Desde sempre a dança fez parte da vida do ser humano. A dança proporciona às crianças a descoberta do equilíbrio, a consciência corporal, a experimentação de novos ritmos, de gestos e movimentos assimilados por meio da sensibilização corporal, da observação do outro, da leitura sobre o assunto e do registro das ações.

Além isso, expressa a história e a cultura de um povo (veja box) e também pode dar às crianças a oportunidade de conhecer mais sobre as histórias de suas famílias e suas relações com o mundo que as cerca.

Por esses motivos, levei a dança ao EGJ – Espaço Gente Jovem, programa de ação complementar à escola para crianças de 6 a 10 anos, das Obras Sociais Santa Rita. Enfoquei, no projeto, a linguagem do movimento e o conhecimento da cultura musical. Iniciei uma conversa com o grupo a fim de saber que informações tinham sobre a dança.

– Dança é remexer o corpo – disse Ricardo.
– É rebolar, é fazer assim ó – completou Jaqueline, levantando-se para mostrar o rebolado com os quadris.
– É a Dança do Coco que eu vi na televisão! – lembrou Anderson.
– É RAP, é forró também! – completou Erinaldo.

E assim fomos listando na lousa os tipos de dança que conheciam: samba, RAP, forró, “Dança da Bundinha”, do grupo É o Tchan, que estava no auge do sucesso, “Remelexo”, coco, valsa, pagode.

Balé amplia o repertório do grupo
Para contrapor e ampliar os conhecimentos que as crianças tinham, apresentei um balé clássico, muito diferente do que estavam acostumadas.

Escolhi a suíte O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Levei até alguns objetos para contextualizar o balé, como sapatilhas de ponto, pedaços de tules, coroas que enfeitam os coques das bailarinas e até mesmo um quebranozes em forma de boneco. Depois assistimos ao vídeo: as crianças trocaram idéias e levantaram uma série de hipóteses sobre os tipos de movimentos característicos da dança clássica e os países de alguns personagens. Era possível observar características como roupas e gestos típicos como, por exemplo, os representados pelos chineses, árabes, cossacos e espanhóis que aparecem no País dos Doces, na segunda parte do balé.

No Parque Figueira Grande as crianças aprenderam o frevo

Essas questões confirmaram algumas hipóteses levantadas sobre a cultura de alguns países, como o jeito de se vestir (exótico como o dos árabes), de falar, de cantar e de ser fisicamente (como os chineses), de se movimentar enlouquecidamente (como os cossacos), de festejar alegremente (como os espanhóis) e de “andar muito sério” (como os ingleses).

– Nossa! Eles voam tanto que merecem palmas! – comentou Talita.
– Essa dança é leve e não rebola tanto! – observou Ana Paula.
– Essa dança é que nem um Conto de Fadas.Tem anjos, princesas e príncipes que viram gente – disse Paulo Henrique.
– As roupas são tudo de rei e rainha – completou Cintia.
– Mas eles não falam! É mímica! – disse Ana Paula, levantando uma questão.
– Por que eles não falam? – quis saber William.
– Ah, sei lá! Eles já tão dançando! – arriscou Talita.
– Não, é que essa música não canta! – retomou Paulo Henrique.
– Eles dançam sempre na ponta, rodando – disse novamente Talita.
– E o Quebra-Nozes! Virou gente, mesmo! Ele gira, ele luta … ele namora com a Maria Clara! – disse Anderson, encantado.

A partir do que conheciam sobre alguns elementos dos contos de fadas e sobre danças como axé, samba, pagode etc., as crianças puderam perceber grandes diferenças entre a dança clássica da época romântica e a dança exageradamente erótica dos nossos dias. O mesmo aconteceu com a música que está intrinsecamente ligada ao ritmo da dança, sobre a qual pudemos levantar outras questões, já que o balé desse vídeo foi gravado com a Orquestra Sinfônica da Royal Opera House ao vivo, dando-nos a chance de ver a figura do maestro em ação e alguns instrumentos acústicos.

Para experimentar novos movimentos
Num outro dia, voltei ao assunto da dança propondo uma pequena dramatização: pedi que as crianças inventassem formas de se locomover como se estivessem andando no “chão de vidro” do palácio do Imperador Chinês e no jardim repleto de flores e árvores, tão bem descritos, no início da história O Rouxinol que eu havia lido.

Depois, distribui entre elas pedaços grandes de tule de cores diversas e orientei-as para a pesquisa e observação dos movimentos e efeitos do tule como ritmo, peso, cheiro, tamanho, deslocamento, velocidade etc..

Ao som da composição de Rimsky-Korsakof, The Young Prince and the Young Princess, do balé Sherazade (o jovem príncipe e a jovem princesa), as crianças continuaram a pesquisa, agora experimentando movimentos corporais inspirados nos efeitos do tule. Tanto as meninas quanto os meninos pareciam estar seduzidos pelo seu pedaço de pano tão leve.

Os olhares pareciam brilhar mais ao ver aqueles “panos de príncipes e princesas”, como disse Caio (7 anos). Puderam tocá-los, amassá-los, arrumá-los e transformá-los em nuvens, capas de heróis, saiões, lenços de tartarugas ninjas para a testa, pulseiras e golas chiques.

Apesar da excitação e das constantes provocações entre eles, avalio que foi uma pesquisa proveitosa, pois a autonomia com que conversaram sobre a dança clássica no último encontro revelou o quanto essas crianças estão em busca de novas idéias e sonhos.

Produção e interpretação de notações coreográficas
Dando continuidade ao trabalho, propus a notação de uma coreografia escolhida por mim. Ao colocar a curta e delicada interpretação do violinista Sthepane Grappelli, de Green Leaves, as crianças criaram movimentos no ritmo dessa nova música, enquanto uma delas anotava com marcações próprias, retratando os movimentos observados. A cada trecho da música eu trocava o “marcador”, para que todas tivessem a experiência de escutar, sentir e registrar o ritmo daqueles signos criados e observar os movimentos que neles estavam sendo representados.

No encontro seguinte, retomei essa notação e pedi que as crianças que participaram daquela atividade contassem para as demais como fizeram o registro dos movimentos.Tive uma boa surpresa: elas assimilaram o que foi pedido e descreveram, com clareza, como produziram aquela marcação. Pedi ao grupo, então, que acompanhasse com palmas o ritmo das três primeiras séries das marcações e depois inventassem e se decidissem por um único movimento para cada série e os realizasse conforme a seqüência e as variações pedidas na notação.

O resultado desse processo foi animador e bastante criativo. As crianças envolveram-se com a descoberta da leitura e do importante uso daquele registro tão diferente que haviam feito. Ficou combinado que iríamos memorizar esses três movimentos e ensaiaríamos a seqüência, em todos os encontros, até a nossa apresentação final.

A partir desses três movimentos criados, pedi às crianças que os adaptassem em um novo ritmo, conforme a música Green Leaves e depois nas músicas Angel’s Robot List e Pandeiro-deiro de Carlinhos Brown. Elas experimentaram movimentos muito mais elaborados, distinguindo com muita propriedade os leves e delicados dos opostos, pesados e fortes.

Diferenças entre as danças Clássica e a da Cordinha
Àquela altura, com um repertório bem maior do que aquele que se ouve diariamente nas rádios, propus ao grupo uma comparação. Para tanto, pedi que improvisassem uma dança para dois estilos de música completamente diferentes: uma clássica e a outra axé.

Durante a primeira música, a clássica Valsa das Flores, da Suite Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, as crianças produziram movimentos como piruetas – muito mais soltas que no início do projeto –, giros leves e tranqüilos pela sala, braços flutuantes e bichos voando pelos ares.

Ao ouvirem os primeiros acordes da Dança da Cordinha, do grupo É o Tchan, logo soltaram os quadris, o bumbum e os ombros e imediatamente William e André deram as mãos, imitando uma cordinha para que os outros passassem sem encostar!

Esse conhecimento prévio das crianças sobre a dança axé, em especial do grupo É o Tchan!, amplamente divulgado pelos meios de comunicação e pela indústria cultural, foi, nesse contexto, a melhor fonte para comparação entre a dança dos anos 90 e a dança clássica européia, vinda de uma realidade muito diferente da nossa. Foi importante avaliar que as crianças já conseguiam reconhecer alguns elementos importantes desses dois tipos de dança: em primeiro lugar, que tinham ritmos muito diferentes, uma sons de instrumentos de uma orquestra e outra instrumentos elétricos e de percussão.

Além disso, as coreografias produzidas individualmente ou em grupo apareceram como criativas combinações de movimentos claramente pesquisados durante o processo. Em relação às características de cada tipo de dança e seu contexto, as crianças recorreram à dança do grupo É o Tchan para avaliar, por exemplo, as pequenas roupas usadas pelos dançarinos do axé, próprias de um país quente como o nosso, com as roupas do balé O Quebra-Nozes, compridas e quentes, típicas de um país frio, onde há neve.

As botinhas usadas pelos dançarinos de axé servem para dançar tanto na rua quanto no palco, e são resistentes o bastante para agüentar pulos e movimentos agitados. Já as sapatilhas de ponta do balé são leves para ajudar nas piruetas e nos movimentos mais saltitantes, próprios dos personagens românticos, que rodopiavam sobre um chão especial, palco de madeira coberto com um tipo de emborrachado grosso o linóleo.

Ao passarmos para as entrevistas com os pais, para saber sobre outros tipos de dança que eles conheciam, descobrimos uma grande variedade de ritmos e jeitos de dançar, típicos das regiões de onde suas famílias descendiam: forró, valsa, rock etc. Seus pais lhes mostravam de diferentes maneiras: ou dançavam aos pares em casa ou mostravam fotos ou descreviam os passos oralmente para que as crianças pudessem depois contar aos colegas.

Os movimentos do Balé Stagium e de Camille Claudel
Mas ainda faltava ver um espetáculo de dança ao vivo. Por isso nos organizamos – eu e a equipe do EGJ com o apoio do Instituto C&A de Desenvolvimento – para levar o grupo para assistir ao espetáculo Coisas do Brasil, com o Balé Stagium, no espaço da Pinacoteca, no Ibirapuera, e visitar a exposição das esculturas de Camille Claudel. Depois do espetáculo procuramos a coreógrafa Márika Gidali para uma conversa. As crianças fizeram perguntas interessantes, como:

– O seu filho dança aí?
– Você também faz isso?
– O que você fez nas pernas? – referindo-se à dificuldade de Márika para se locomover devido aos problemas causados pela dança.
– Como os bailarinos decoram tudo isso?
– Eu gostei mais dos índios. Não vai ter mais?

É interessante notar que as perguntas tratavam mais da vida pessoal do bailarino. Isso é muito pertinente, pois a dança e a vida dos dançarinos são pouco conhecidas pelo público em geral por serem espetáculos caros e quase nunca apresentados na periferia. E, para enriquecer o trabalho do grupo, pedi a Márika para que contasse um pouco do processo de construção de uma coreografia e da confecção dos figurinos.

Ao finalizar sua fala, sugeriu às crianças que observassem com cuidado, ali na sala ao lado, o “movimento” das esculturas de Camille Claudel, o que foi muito bom para a nossa discussão, na finalização do projeto.

Além de assistirem a um espetáculo que envolvia passos de balé clássico sobre pontos, que já conheciam pelo vídeo, tiveram a oportunidade de assistir também a trechos de balé moderno, dançado com os pés descalços, que é um outro jeito de dançar.

Quando passaram para a sala de exposição, tiveram um olhar mais diferenciado sobre as esculturas de Camille Claudel. Ao mesmo tempo estavam encantadas com o acesso a tanta cultura e tanta arte, Falavam com mais autoridade sobre movimento, aliás a principal característica do trabalho dessa escultora. Comentavam, sobre os braços, as pernas, a cabeça e também torções e posições diferentes.

A própria guia do museu lembrou-lhes que Camille Claudel observou muito o movimento das pessoas para produzir suas obras, um processo de criação similar ao que as crianças estavam passando: observação, pesquisa, experimentação e criação.

A finalização de quatro meses de trabalho
Depois de termos passado por todas as etapas que aproximaram as crianças do mundo da dança, fizemos uma pequena apresentação da coreografia criada por elas, que pôde ser apreciada pelas famílias e demais crianças das instituições. As pesquisas e entrevistas foram sistematizadas na forma de um livro.

(Simone M. de Alcântara Pinto, Formadora do Instituto Avisa lá)

Histórias que a dança conta

Conseguimos compreender o porquê de muitas questões da nossa história por meio de nossas manifestações artísticas. A partir da dança, por exemplo, podemos investigar traços culturais de um povo ou de uma época. Ritmos e composições, poemas ou cantorias, tipos de instrumentos musicais, figurinos, acessórios e objetos utilizados, coreografias dos gestos, dos movimentos, contextos nos quais acontecem suas evoluções, nas ruas ou em espaços fechados: todos esses detalhes nos levam a aspectos interessantes sobre a história de um povo.

Por exemplo, se voltarmos na história do Brasil e lembrarmos das manifestações de música e de dança dos escravos africanos, nas suas tristes senzalas, poderemos refletir sobre várias questões: a exploração do homem, o uso da tortura, a estrutura econômica da época, as misturas de raças, a importância das expressões artísticas, os mecanismos de defesa dos escravos, os novos ritmos introduzidos no país etc.

As rodas de Capoeira, mistura de dança, jogo e luta, ao som de forte percussão durante as noites quentes dos negros escravos, trazem à tona a cumplicidade, força e união como forma de defesa e da conquista da liberdade em contrapartida à humilhação que preenchia seus cotidianos. Jogando e dançando, podiam movimentar-se livremente e fortalecer os resistentes músculos. Cantando em dialetos nativos.– pouco ou nada compreendidos pelos seus senhores brancos –, evocavam boa energia e espantavam os espíritos do mal. Tocando as graves tumbas e atabaques espalhavam pelos ares incógnitos e misteriosos sons que amedrontavam os seus carrascos.

Diferentes coreografias folclóricas brasileiras estão repletas de pequenos significados para a história da nossa cultura. Os ritmos e os passos repetidos de danças como Folia de Reis, Maracatu, Caboclinho, Ciranda de Roda e outros, nos levam a compreender a necessária simplicidade coreográfica para facilitar a passagem de pai para filho que permite a existência de uma tradição.

Outra fonte interessante de análise é a riqueza de figurinos, instrumentos e objetos utilizados nessas manifestações, nos quais aparecem cores fortes e estampas mais características de um país tropical. São roupas feitas de algodão, em geral, bordadas ou pintadas, lembrando as manifestações antigas das classes mais populares, quase sempre realizadas sob o sol quente nordestino. Outros figurinos nos remetem à forte lembrança de costumes religiosos ou até mesmo de lendas fantásticas de diferentes regiões do Brasil.

Os instrumentos soam como um arranjo de objetos do cotidiano do grupo ou da região de onde se originam: tampas de garrafa, pele de bicho (cabra, bode, boi etc.), canos, tocos de madeira, bambus, cascas de árvore, sementes, cascas de coco, etc. Objetos como estandartes e bandeiras carregados pelos “puxadores” representam, muitas vezes, a própria hierarquia dos personagens envolvidos: seja do poder político, da Igreja, das famílias ou do imaginário de um povo.

Até hoje, os grupos das Pastorinhas do interior da Paraíba são ovacionados com entusiasmo, quando seus estandartes são avistados ao longe, anunciando o Cordão Azul ou o Cordão Encarnado! Ou ainda, lembrando os famosos blocos carnavalescos de Olinda: o Pitombeira e o Elefante, que são rivais e trazem símbolos confeccionados cuidadosamente para serem vistos de longe e provocar as torcidas dos foliões do frevo. A cada gesto uma descoberta, um novo conhecimento, uma nova reflexão, um prazer e uma comunicação por meio da expressão do corpo.

O Projeto:

Dança … que eu conto!

Faixa etária: 6 a 10 anos
Eixo predominante: Movimento
Tempo previsto: 4 meses

Objetivos partilhados com as crianças: Criação de uma coreografia de curta duração, feita pelas crianças, acompanhada de um pequeno livro sobre a pesquisa feita por elas.

Objetivos didáticos:

  • Estimular as crianças à apreciação artística a partir de danças diversas.
  • Dar elementos para que elas se apropriem do processo de montagem de uma pequena coreografia.

Conteúdos:

  • O balé O Quebra-Nozes.
  • A pesquisa feita pelas crianças, baseada nos relatos de seus pais.
  • Leitura de pequenos textos (descritivos e narrativos) do balé O Quebra Nozes e do Rouxinol.
  • Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio da dança.
  • Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades da dança.

Ficha técnica:

O projeto foi escrito por Simone M. de Alcântara Pinto, realizado no EGJ. Santa Rita – Obras Sociais Santa Rita – Vila Joaniza, entre agosto e dezembro de 1997, e dele participou a professora Maria do Socorro Teixeira Rocha sob coordenação de Irene da Cruz. Apoio: Instituto C&A.

Bibliografia

Sobre dança

  • Danças Dramáticas do Brasil (3 tomos). Mário de Andrade. Ed. Itatiaia Limitada / Instituto Nacional do Livro.Tel: (11) 3212-4600
  • O Corpo Humano. Atlas Visuais. Ed. Ática.Tel: (11) 3346-3000
  • História da Dança. Luis Ellmerich. Companhia Editora Nacional. Tel: (11) 6692-5256.
  • Folclore e Mudança Social na Cidade de São Paulo. Florestan Fernandes. Ed.Vozes.Tel: (11) 258-6910
  • Dançar a Vida. Roger Garaudy. Ed. Nova Fronteira.Tel: (21) 286-7822
  • Giselle e outras histórias de Ballet. Luiza Lagoas. Ed. Nórdica. Tel.: (21) 284-8848 – Rio de Janeiro
  • A dança. Klauss Vianna em colaboração com Marco Antonio Carvalho. Edições. Siciliano. Tel: (11) 3641-6073
  • Dança Educativa Moderna. Rudolf Laban. Ícone Ed.Tel: (11) 826-7074
  • Dança, Brasil! Festas e Danças Populares. Gustavo Cortes. Ed. Leitura.Tel: (31) 3371-4902

Vídeo

  • O Quebra- Nozes, com o The Royal Ballet, ao vivo, na Royal Opera House, Londres, 1985. Coreografia de Lev Ivanov e Peter Wright.
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