Crianças de 5 anos se entusiasmam com a leitura de cordel na escola. Conhecem não só o texto mas o contexto onde esta literatura está inserida e aproveitam o canto e encanto desta tradição brasileira
o processo de alfabetização, o domínio da escrita tem tido um papel preponderante, muitas vezes em detrimento do desenvolvimento da oralidade, tão importante na Educação Infantil. Este projeto, que aproxima as crianças da literatura de cordel, possibilita uma união saudável entre a oralidade e a escrita.
No Brasil ainda há comunidades que pensam o mundo, transmitem conhecimentos e se expressam segundo a lógica própria da oralidade. Além disso, em algumas das capitais do nordeste, e mesmo em São Paulo, ainda podemos encontrar núcleos que se preocupam com a divulgação do cordel por meio de material impresso, o que permite um convívio harmonioso das duas linguagens, a escrita e a oral, sem que uma simplesmente substitua a outra.
Consideramos importante ter essa perspectiva junto às crianças: diferentes linguagens precisam estimular o pensamento infantil. Esse é um dos motivos pelos quais escolhemos trabalhar a língua oral num momento em que normalmente se esperaria uma ênfase na escrita. O outro motivo foi a continuidade do trabalho de literatura desenvolvido desde o ano anterior. Assim como foi importante ouvir e apreciar textos de qualidade, como contos de fadas tradicionais e suas diferentes versões, contos japoneses, clássicos da literatura mundial (Gulliver, Sigfried, Mil e uma Noites…), literatura brasileira (de autores como Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade), consideramos importante conhecer uma modalidade oral da literatura.
Dos contadores para a sala de aula
Dentre os recortes possíveis, escolhemos algo pouco conhecido pelo público que atendemos nas escolas particulares de São Paulo: o cordel. O cordel provém da antiga tradição ibérica dos romanceiros, contadores das histórias de Carlos Magno e outras populares. Nas páginas dos “folhetos”, dos “ABCs”, como também são conhecidos os livrinhos de cordel, encontramos antigas histórias que vieram migrando e sendo modificadas ao sabor do contador local, que tratava de imprimir os toques da sua cultura.
Assim, os clássicos contos de fadas, as fábulas de esopo, contos de animais encantados, de assombração, bem como os “causos” e pelejas foram ganhando características muito peculiares na voz daquele que contava ou cantava as estrofes, acompanhado da viola ou sem ela. Essas histórias se perpetuaram por gerações, por meio da divulgação oral, até ganharem a forma gráfica, impressas em papel jornal, em tamanho pequeno, acompanhadas de gravuras feitas, em geral, pelo próprio autor do registro.
Apresentando o cordel para as crianças
Os folhetos de cordel foram trazidos para a sala e passaram a “morar” ao lado da estante dos demais livros. A história que escolhemos para iniciar o projeto foi João Valente e o Dragão da Montanha, uma versão de João e Maria transferida para o contexto do sertão. Fizemos essa escolha porque queríamos liberar as crianças do esforço de entender uma história nova para centrar a atenção nas peculiaridades do contexto e da mudança estrutural que esse portador de texto produz.
A primeira reação à escuta do cordel foi a gargalhada, própria de quem percebe a estranheza. As crianças ouviam e riam muito, trocando olhares uns com os outros, surpresos pela novidade de ver os professores cantando daquele jeito. Como a história é longa, tivemos que contar em capítulos, pois queríamos que eles tivessem a versão original, e não um reconto da professora.
Ao longo da história, estabeleciam-se semelhanças e diferenças que rapidamente eram identificadas:
“Entraram no mato adentro,
Porém João não cochilava:
Uma porção de pipocas
Ele escondido levava
Nos dois bolsinhos da velha
Calça suja que trajava.
O velho, puxando a frente
Com o machado era o guia
Seguido pela menina,
E João, atrás da Maria,
Marcava com as pipocas
A trilha que o pai abria.
Maria não entendia
Como sair do deserto,
Porém seguiu o irmão
Acompanhando de perto;
João, avistando as pipocas,
Seguia o caminho certo.”
A bruxa do cordel morre da mesma forma que a dos irmãos Grimm1, mas depois da morte da megera é que são elas. Quando se pensa que a história acabou, começa a parte mais fantástica, surreal:
“Quando ela subir à tábua,
Que for começando o jogo,
Um de vocês se aproxima
Empurra a velha no fogo;
deixe que se vire em cinza,
Não atendam nenhum rogo.
Surgirão da cinza dela
Dois cachorros vigilantes
(duas feras verdadeiras),
Além de grandes, possantes,
Que servirão a vocês
Sempre em todos os instantes.
Cada cachorro terá
Para si mesmo um critério
No nome em que cumprirá
O seu compromisso sério,
Um será CONTRAVENENO
E o outro QUEBRA-MISTÉRIO.”
Um mundo a conhecer
As crianças reconheceram o conto logo nas primeiras sextilhas e detectaram rapidamente as alterações. A primeira delas é o jeito como se lê, acentuando os versos ou cantando de diferentes maneiras, a depender do ritmo que se quer imprimir às estrofes. Elas repetiam sempre:
“Rimou!”, “Tá rimando”, “Rima sempre?”, “É, vai rimando”.
Além disso, o texto trazia mudanças no cenário e nos detalhes da narrativa. Por exemplo, João e Maria não se perdem na floresta, e sim na vereda; João não joga migalhas de pão para marcar o caminho, e sim pipoca; não são os pássaros que comem os grãos, e sim Maria, para enganar a barriga. Diante da estranheza, muitas risadas.
As características dessa linguagem são também características da cultura nordestina. Há um saber popular que se expressa nessas rimas ingênuas, nesse vocabulário cheio de imagens. Pena (ou sorte!) que nem tudo o que diz o cordel nós podemos entender. Esses termos regionais como “boca espumada”, “arriado”, “venta”, “marmota”, não estão no nosso cotidiano e muitas vezes nem mesmo no dicionário. Esse nosso desconhecimento resultou num trabalho de pesquisa, cujo produto final foi o Dicionário das Palavras Difíceis do Cordel, que serviu para ajudar-nos a entender um pouco o universo do norte e nordeste do nosso país.
As fontes de pesquisa foram os dicionários de expressões regionais e as pessoas da nossa escola que tiveram contato com esses folhetos na infância ou pouco antes de vir para São Paulo e ainda guardam na memória e no uso cotidiano muitas dessas expressões. Elas nos ensinaram não só algumas palavras como também a cantar o cordel, já que nós não sabíamos.
Os folhetos preferidos e seus leitores
Na seqüência do trabalho, apresentamos textos bem pequenos e muito diferentes dos que eles vinham ouvindo, obras de um autor de cordel contemporâneo, aliás, o mais velho cordelista vivo: J. Borges. O autor intitulou essa coleção de “Cordel para Crianças”. O favorito da turma foi a história A Cachorra Matraca e O Galo de Honório, e Théo, uma das crianças, morria de rir ao ouvir as passagens que apresentava palavras que para eles eram “palavrões”, termos que não se usam normalmente no cotidiano.
Além do que, a história, na verdade, é um caso engraçado. E logo virou uma febre, a ponto de me cansar de tanto ler a mesma coisa. Começaram a apelar para os amigos que tinham autonomia para ler o texto para um pequeno grupo que se aboletava diante do cordão estendido no canto da sala, onde deixávamos pendurados os cordéis.
Diogo, Noah e Ricardo passaram a ser freqüentadores assíduos das sessões de leitura, e em pouco tempo a história foi memorizada. Théo e Maurício passaram a improvisar outras histórias partindo daquela estrutura rítmica e do mote principal, com eventos engraçados e constrangedores. Já Mariana, Bruna e Marina gostavam de repetir as histórias de princesas, como a da linda Creusa, que presa na torre só aparece na janela uma vez por ano para mostrar toda sua beleza, ou ainda a da Princesa da Pedra Fina, cujo encanto foi quebrado por um valente príncipe.
Mas claro que se houvesse uma rodinha em que alguém prometesse cantar O Galo de Honório, lá estariam elas. Continuamos ampliando o repertório do grupo, apresentando histórias bem mais complexas. Durante a cantoria, as crianças separavam palavras que não conheciam, palavras que não são muito freqüentes no nosso vocabulário, tais como: candeeiro, cabaça, vereda, catinga e outras que foram compondo uma grande lista no dicionário de cordel.
Cordel: porta para um universo imaginário
Foi muito importante compartilhar com esse grupo de crianças algumas das histórias que mais gostamos. Mais importante ainda foi vê-las apreciando esse jeito de contar história, tão estranho no início. O trabalho com os cordéis possibilitou ao mesmo tempo uma maior aproximação e apreciação da expressão oral, e um grande investimento no imaginário dessas crianças.
Os seres fantásticos como Pavão Misterioso, Boi Misterioso, os dragões e os monstros, de todas as histórias que cantamos, povoaram a imaginação das crianças. Ainda serviram de gancho para uma pesquisa das ilustrações, para conhecermos representações variadas desses seres. Apareceram imagens nos desenhos, mas também nas esculturas e nas gravuras. Chico, que é um especialista no desenho de dinossauros e outros seres afins, passou a desenhar os dragões dessas histórias e brincar com as representações do Pavão. Maurício e Caio seguiram o mesmo caminho e espalharam seus pavões nos cadernos, nas pinturas, em momentos de desenho livre.
Uma banca de cordel
Parte dessa produção foi exposta no Cordel Gigante”, junção dos fragmentos preferidos das crianças. A outra parte, numa bonita banca de cordel, como as que se faz em Pernambuco, recheadas com os textos e as ilustrações, impressões típicas, tais como as xilogravuras dos originais que mantínhamos na sala. Para essa produção, pesquisamos muitas imagens, cenas das festas populares, dos personagens das histórias, dos santos e do cotidiano do povo. Além da apreciação estética, as crianças também precisaram fazer as imagens, e por isso estudamos, numa breve seqüência de atividades, as técnicas de impressão mais usadas pelos mestres. (veja em Sustança as etapas).
Saída a campo
Em meio a tantos estudos tivemos a sorte de participar do evento Encontro da Cultura Brasileira, que aconteceu na cidade de São Paulo no início de novembro, com nossa visita à exposição O Cordel e a Arte dos Livros. Todos queriam ver os cordéis e principalmente comprar alguns, pois sabem que não é fácil encontrá-los por aí, nas livrarias. Era uma chance de adquiri-los.
De todos os que encontramos, escolhemos um de cada tipo para a escola e depois cada um escolheu um para si. Foi bonito ver o cuidado que as crianças tiveram com esse material simples, sem grandes sofisticações, mas que para eles já havia adquirido grande importância. Por pouco pudemos conhecer pessoalmente o mestre Borges, o autor que veio de Pernambuco vender seu trabalho.
O monitor da exposição nos contou algumas coisas sobre esse autor, mas as crianças, um pouco frustradas por não poder vê-lo, descobriram o endereço no verso do cordel e pediram para que lhe escrevêssemos uma carta. Gostaram da idéia, e analisaram folheto por folheto na tentativa de ler os nomes dos autores, insistindo para eu anotar! Por eles eu certamente passaria o mês escrevendo cartas para o nordeste pedindo cordel.
Compartilhando interesses reais
Como pode se notar, os objetivos do projeto de cordel são essencialmente os relacionados à linguagem. Mas a linguagem acabou nos servindo como veículo para saber muitas outras coisas… Por meio do cordel, fomos nos inserindo nos demais aspectos da cultura brasileira, tais como a música e a arte das gravuras.
Eu não escondo que adorei este trabalho, porque além de gostar de viajar pelo Brasil, me divirto muito, dou boas risadas com as aventuras do João Valente, com as histórias do Pavão Misterioso, do Príncipe do Barro Branco, a da Princesa do Vai não Torna e todas as outras, em que há sempre muita ironia, como no caso de Satanás Invade a Terra em Discos Voadores ou o Casamento da Porca com Zé da Lasca. Gosto mesmo da idéia de adultos dividindo seus interesses com as crianças, interesses reais, os da vida, e não aqueles feitos exclusivamente para fins escolares.
(Por Silvana Augusto, professora de Filosofia e formadora do Instituto Avisa Lá. Na época do projeto era professora de Educação Infantil da Escola Logos, de São Paulo)
1 Os irmãos Grimm foram os alemães Jacob (1785–1863) e Wilhelm (1786–1859), e é deles a versão que conhecemos de João e Maria
Como é um folheto de cordel
Um folheto de cordel é um livro pequeno (geralmente 16 cm x 10 cm) e muito fino (a maioria tem 8, 16 ou 32 páginas). É impresso em papel barato, e nas capas aparecem xilogravuras (gravuras entalhadas em madeira), reproduções de cartões-postais antigos, ou fotos mostrando cenas de filmes.
Em geral, os folhetos são narrados em versos chamados “sextilhas”. A sextilha tem um esquema fixo de rimas; na transcrição de versos, costuma-se usar um sistema de notação onde cada letra equivale a uma linha da estrofe. A sextilha, portanto, usa o esquema que é chamado de ABCBDB. Portanto, a segunda, a quarta e a sexta linha rimam entre si, e as demais não. Alguns autores usam outra notação, e descrevem esse esquema de rimas como XAXAXA, onde o “X” indica as linhas que tem rima livre, e o “A” as linhas que rimam entre si.
Quando os violeiros repentistas estão “trocando sextilhas” durante uma cantoria, existe a obrigação de “pegar a deixa”, ou seja, a primeira linha do verso, em vez de ter rima livre, tem que rimar com a rima principal (linhas 2,4 e 6) do verso do oponente. Nos folhetos narrativos, isso não acontece. O escritor tem apenas a obrigação de rimar a linha 2, 4 e a 6.
Fonte: A Pedra do Meio-Dia ou Artur e Isadora – Literatura de Cordel, Bráulio Tavares
A contagem das sílabas do verso
A sextilha é feita de seis versos de sete sílabas. A contagem de sílabas num verso varia grandemente, de acordo com a habilidade de quem o recita. O bom leitor de versos em voz alta percebe instintivamente, mesmo num texto que vê pela primeira vez, que sílabas devem ser elididas, ou “engolidas”, para que o verso encaixe na métrica. O poema de Castro Alves O Navio Negreiro! começa com uma elisão desse tipo: “Stamos em pleno mar!…”.
O verso de sete sílabas tem algumas acentuações mais freqüentes, mais típicas. Devemos lembrar que os folhetos nascem dentro de uma cultura que os identifica fortemente com os cantadores de viola ou repentistas (um escritor de folhetos não é necessariamente um violeiro, e vice-versa). O fato de o cordel ser rigidamente escrito em sextilhas faz com que qualquer melodia (ou “toada”, como dizem os cantadores) feita para uma sextilha possa ser usada para “cantar” os folhetos.
Quem recita ou lê uma sextilha já tem na memória o ritmo sugerido por essas “toadas”, e tenta fazer a leitura de modo a acomodar os versos dentro dessa cadência musical. Veja-se por exemplo a primeira sextilha do Pavão Misterioso:
“Eu vou contar a história
Do pavão misterioso
Que levantou vôo da Grécia
Com um rapaz corajoso,
Raptando uma condessa
Filha de um conde orgulhoso”
Destacando-se as sílabas fortes, podemos ler o verso assim, em voz alta:
eu-vou-con-TAR, a-his-TÓ (ria)
dum-pa-VÃO, mis-te-ri-Ô (so)
que-le-van-TOU, vou-da GRÉ (cia)
com-um-ra-PAZ, co-ra-JÔ (so)
ra-pi-TAN, du-ma-con-Dês (as)
fi-lha-DUN, con-dór-gu-LHÔ (so)
Algumas liberdades estão aí bem visíveis. Na terceira linha, a palavra “vôo” tem de ser pronunciada “vou”, senão complica. E pronunciar “rapitando” pode ser incômodo para alguns ouvidos, mas desde que no folheto a palavra esteja escrita direito, pode-se forçar um pouco a pronúncia e invocar licença poética.
Deve-se observar também que a contagem das sílabas dos versos “acaba” na sílaba tônica da última palavra da linha. Desse modo, o número de sílabas gramaticais e de sílabas métricas de qualquer verso quase nunca coincide: as sílabas gramaticais são em geral bem mais numerosas.
Fonte: A Pedra do Meio-Dia ou Artur e Isadora – Literatura de Cordel, Bráulio Tavares.
Para Saber Mais
- A Pedra do Meio-Dia ou Artur e Isadora – Literatura de Cordel, Bráulio Tavares. Ed. 34. Tel.: (11) 3032-6755
- Assim Falava Lampião, Fred Navarro. Ed. Estação Liberdade. Tel. (11) 3661-2881
- A Notícia na Literatura de Cordel, Joseph M. Luyten. Ed. Estação Liberdade. Tel. (11) 3661-2881
- Lagartixas Verdinhas pelo Chão, Patativa do Assaré. Ed. Cortez. Tel.: (11) 3864-0404
- Patativa do Assaré – O Poeta Passarinho, Fabiano dos Santos. Ed. Demócrito Rocha. Tel.: (85) 255-6176
- História do Brasil em Cordel, Mark Curran. Ed. da Universidade de São Paulo (EDUSP). Tel.: (11) 3091-2911
- Cordel na Sala de Aula, Hélder Pinheiro e Ana Cristina Marinho Lúcio. Livraria Duas Cidades. Tel.: (11) 3331-5134 / 3331-4702
- Biblioteca de Cordel, vários autores. Ed. Hedra. Tel.: (11) 3097-830412
- Folhetos de Cordel, Marcelo Soares. E-mail: marceloalvessoares@yahoo.com.br
Onde encontrar cordel
- Bezerros – PE José Borges. Av. Major Aprígio da Fonseca, 420. CEP: 55660-000
- Campina Grande – PB Apolônio Alves dos Santos. Rua Eduardo Correia Lima, 12 – Quadra 95 – Conjunto Álvaro Gaudêncio de Queiroz – Bodocongó. CEP: 58108-325
- Caruaru – PE Olegário Fernandes da Silva. Museu do Cordel – Feira de Caruaru
- Crato – CE Josenir Lacerda. Rua José Carvalho, 168
- Fortaleza – CE Tupynanquim Editora. Caixa Postal 717 – Agência Central. CEP 60001-970. Tel (85) 217-2891. E-mail: kleviana@ig.com.br
- Patos – PB Antônio Américo de Medeiros. Barraca Santo Antônio, 267 – Mercado Central de Patos. CEP: 58700-120
- Recife – PE Folhateria Cordel. Rua João Samuel da Costa, 13 – Cohab – Timbaúba. CEP: 55870-000 E-mail: marceloalvessoares@yahoo.com.br
- Rio de Janeiro – RJ: Academia Brasileira de Cordel. Rua Leopoldo Fróes, 37 – Santa Teresa. CEP: 20241-330 Tels.: (21) 2232-4801 / 2221-1077 // Feira de São Cristóvão. Campo de São Cristóvão. Tels.: (21) 3860-9976 / (21) 3860-9862 Site: www.feiradesaocristovao.art.br. E-mail: marketing@feiradesaocristovao.com.br
- São Paulo – SP:Editora Luzeiro. Rua Almirante Barroso, 730. CEP: 03025-001. Tels.: (11) 292-3188 / 6292-3188 // Boulevard São João. Rua São Bento, 465 – Praça do Correio – Centro. Com o cantador e cordelista João Cabeleira
CDs
- Na Pancada do Ganzá, Antonio Nóbrega
- Mocinha de Passira & Valdir Teles, Mocinha de Passira e Valdir Teles