Espaço de autonomia construída

CAROLINA ADELE SANDRONI¹


OFICINA DE CONVÍVIO, UMA AÇÃO QUE ENVOLVE TODA A ESCOLA E MISTURA AS CRIANÇAS EM BUSCA DE DIVERSÃO, CONHECIMENTO, AUTONOMIA E APRENDIZAGEM


Primeiro dia de aula, escola nova e o habitual período de adaptação. Ao sair pelo portão, nos primeiros quarteirões em direção à nossa casa, pergunto à minha filha de cinco anos como havia sido o seu dia. Empolgada, diz que foi muito bom! No segundo dia, ainda período de adaptação, a mesma pergunta: Como foi o dia? A resposta veio para surpreender: Maravilhoso, mãe! Eu gostava tanto da minha outra escola e acabei de mudar para cá e já gosto dessa também. Eu adoro essa escola! Aqui eu posso tudo!

Intrigada, perguntei mais uma vez: Pode tudo? Como assim? E a resposta: Sim! Posso tudo!

Quando voltamos à escola, no dia seguinte, eu perguntei à diretora² como estava sendo o período de adaptação e quais estratégias estavam usando, pois as crianças pareciam bastante felizes. Na resposta entendi o porquê de tanta empolgação:

Estamos fazendo oficinas de convívio. Assim os alunos conhecem a escola como um todo, conhecem os diversos educadores, os espaços e interagem com crianças de diferentes turmas.


1 Formadora do Instituto Avisa Lá e da Escola de Educadores Bacuri… aqui também escreve como mãe de aluna da EMEI Emílio Carlos, de São Caetano do Sul (SP).

Oficinas de convívio

Além de mãe de aluna da escola eu já havia trabalhado nesta rede de ensino como formadora de professores e conhecia a ação das Oficinas de convívio. Entendi a experiência instigante que minha filha estava tendo ao conhecer e adaptar-se ao seu novo lugar de aprender, à sua nova escola.

Além de mãe de aluna da escola eu já havia trabalhado nesta rede de ensino como formadora de professores e conhecia a ação das Oficinas de convívio. Entendi a experiência instigante que minha filha estava tendo ao conhecer e adaptar-se ao seu novo lugar de aprender, à sua nova escola.

Como o próprio nome enfatiza, o convívio é a condição mais importante desses momentos de vivência e aprendizagem. As crianças da escola se misturam e aprendem juntas, em grupos variados. Os educadores se relacionam com crianças de todas as turmas e experimentam mais esse aspecto da importante tarefa de ensinar e aprender.

Autonomia é outra condição fundamental e muito presente nessa prática, graças à maneira como o cotidiano das crianças na escola é garantido diariamente. No dia a dia da instituição, as crianças podem fazer várias coisas sozinhas: vão
ao banheiro quando sentem necessidade, saem para tomar água quando têm sede, trocam de roupa quando estão com calor, cuidam das próprias mochilas e dos pertences pessoais e contribuem com muitas ações na sala. Eu mesma, que sou uma mãe presente na escola, já encontrei minha filha pelos corredores voltando do banheiro ou do filtro de água com sua caneca nas mãos. Ao contrário do que muitas mães ou professoras poderiam pensar, ali não se vê uma criança sozinha andando pela escola, se vê uma criança competente andando pela escola.

Alguém que aprendeu que sua escola é mais do que a sala de aula, é um espaço seguro, democrático pensado para uma circulação de alunos com autonomia e propriedade. Essas atitudes foram construídas com as crianças com tempo, naturalidade e clareza para torná-las mais autônomas e capazes de entender a si mesmas e de se fazerem entender.


2 Maristela Manilli Rossi, diretora da EMEI Emílio Carlos, em São Caetano do Sul (SP).

Enquanto estão nas Oficinas de convívio as crianças circulam pela escola, às vezes sozinhas, às vezes com um amigo. Buscam se aproximar de uma professora de outra turma que está mediando uma proposta interessante, ou mesmo se fazem acompanhar por uma criança mais nova a quem dão proteção e/ou estímulo. Dentro do espaço escolar, as crianças sentem-se livres para circular, escolher o que querem fazer e com quem.

A média de duração das oficinas é de 60 a 90 minutos. Todas essas ações são construídas entre as crianças e a equipe da escola, que trabalham bem em parceria. A equipe é composta de diretora, professora auxiliar de direção, equipe de apoio, envolvendo o pessoal da secretaria, a turma da terceira idade³, os agentes jovens4, e o pessoal da cozinha e da limpeza.

A Oficina começa com uma roda de conversa tendo por objetivo compartilhar com as crianças quais serão as propostas desse dia especial. E alguém, geralmente uma professora ou mesmo a diretora ou a sua auxiliar, tem a importante tarefa de dizer a todos quais são e onde acontecerá cada uma das propostas.

Em uma sala, contação de história; na outra, experiência com luz e sombra; ao lado, a massagem, arte, material não estruturado na quadra, motoca na rampa, culinária, jogos, parque, medições, experiências, transvasamento de água etc.

Sabendo onde e quais são as propostas que estão sendo oferecidas, as crianças passam a circular em busca de seus afazeres preferidos e também para conhecer novas propostas daquele dia. As propostas são criteriosamente selecionadas pelos professores e pela equipe de direção da escola e, geralmente, todas as oficinas têm boa procura e possibilidade de atender a todos. Algumas vezes, quando a proposta é uma contação de história, por exemplo, um educador pode ficar mediando os horários das sessões e coordenando a lotação da sala; nesse caso, enquanto esperam, as crianças podem procurar por outros afazeres igualmente interessantes.

Diferentes propostas, diferentes arranjos

Não existe um número fixo de propostas por oficina, em média acontecem sete ou oito, e algumas acontecem em quase todas as edições, como a Contação de história, que pode oscilar entre ler um livro, contar uma história, ter um tema de acordo com aquilo que a escola está comemorando ou estudando. A proposta com materiais não estruturados também são bastante frequentes e geralmente ocupam a quadra. A escola tem também uma rampa interessante onde sempre apresentam-se propostas que consideram a deliciosa descida com motocas, as brincadeiras com bolinhas sobre um túnel de lycra, ou o que mais o grupo criativo de professores puder inventar. Jogos interessantes de tabuleiro e contagem de
pontos geralmente acontecem no pátio coberto, com um professor mediando propostas com crianças de diferentes idades.

O ateliê de arte, embora faça parte da rotina, também está presente na Oficina. Vira e mexe, ao chegar à escola para buscar as crianças, os pais se deliciam com a exposição que é fruto das experiências artísticas daquele dia. Na semana passada, encontrei uma mesa cheia de obras feitas com materiais recicláveis, tampinhas e botõezinhos. Uma delicadeza sensível e um cuidado da escola com as produções pensadas para encantar. Chamou minha atenção, outro dia, uma proposta inspirada nas obras do artista Ernesto Neto, cujo trabalho conheceram por meio da revista Avisa lá5.

Nessa mesma semana, na lousa da sala das crianças, estava registrada uma votação sobre brincadeiras com ar, aliás muito bem votada. Dezesseis crianças sugeriram que tinha sido a melhor proposta daquela oficina de convívio. Percebo aí uma oportunidade de a escola avaliar com os alunos quais as propostas mais interessantes, o que haviam aprendido, permitindo assim à equipe pensar em como melhorar as oportunidades, aprofundando as experiências e ampliando a variedade dos materiais que podem ser usados.


3 A turma da terceira idade faz parte do programa Agente Cidadão Sênior. São pessoas acima de 65 anos que trabalham nas escolas e em outras repartições públicas por períodos de quatro horas diárias.
4 O programa Agente Jovem é composto por jovens de 16 a 21 anos que trabalham nas escolas e em repartições contribuindo com atividades diversas de acordo com a necessidade do local.

Palavras da diretora

Trecho do depoimento da Maristela Manilli Rossi

Como garantir um brincar de qualidade e que, ao mesmo tempo, promova aprendizagem para as crianças?

Foi com essa questão que iniciamos esse trabalho, com o objetivo de contemplar o brincar como uma prática que construa aprendizagens, interação entre diferentes faixas etárias, integração com outros adultos e, ao mesmo tempo, que favoreça a autonomia de escolha e ação. Para nossa equipe, esta tarefa aparentemente se mostrava fácil, mas ao longo de sua execução nos fez pensar sobre procedimentos mais adequados, um debruçar sobre cada atividade que iríamos propor às crianças.

Foi muito gratificante ver toda a equipe ter abraçado essa ideia, e não só os professores, mas também as auxiliares e funcionários, todos envolvidos numa atividade que se tornou uma prática frequente e planejada.

Ao longo desta proposta muitas perguntas nos auxiliaram a ajustar e aprimorar cada vez mais as atividades a serem oferecidas, e assim fizemos, planejamos, replanejamos, sempre em busca de construir conhecimentos com as crianças de uma forma prazerosa e lúdica, com liberdade de escolha e tomada de decisões, considerando sempre aqueles que iriam brincar: as crianças.

A experiência acumulada nesses anos de Oficinas de convívio nos conta que não basta colocar as crianças lado a lado para que elas aprendam umas com as outras, é essencial que os educadores planejem os tempos, os espaços, as propostas a serem oferecidas aos alunos.

Tudo isso garante relações harmoniosas todo o tempo? Não. Mas são ações que mostram como é possível conviver na diversidade e no enfrentamento de conflitos. E isso requer tempo de ensino e aprendizagem.


5 Número 47, agosto de 2011.

Propostas das Oficinas

Material não estruturado
Caixas, canos, tecidos, bobinas, carretéis e outros materiais que ganham vida e função diferente na mão de cada criança. A mesma caixa pode servir de esconderijo, carro, cama e fogão, dependendo da maneira como a criança a utiliza.

Parque
Sempre interessante. Tem balança, gangorra, escorregador e lugares para escalar.

Areia molhada
Alguns buracos cheios de areia e água. Poça de lama, superfarra!

Piscina 
A escola tem uma piscina de lona que, de tempos em tempos, e, especialmente em períodos de calor, faz a brincadeira das crianças ficar ainda mais especial.

Rampa
A rampa dá acesso ao andar de cima da escola e o liga ao parque. Podem descer de motoca, podem deixar bolas descerem e também outros materiais que rolam. Coberta com lona vira um túnel incrível e ali as crianças passam por baixo e jogam bolinhas por cima.

Culinária
Salada de frutas, confeitaria, oficina de docinhos e até um bolo ou uma gelatina. Tudo feito em parceria entre crianças e adultos com todos os procedimentos de segurança e higiene garantidos.

Jogos
Jogos de tabuleiro em tamanho grande, jogos com contagem de pontos, trilhas e jogos com regras.

Arte, ateliê e área externa 
As propostas de arte podem acontecer em um espaço do pátio interno, onde ficam uma grande bancada para trabalhar e os materiais, além de pias para limpeza das mãos e dos acessórios, como também na área externa, no chão e nos suportes espalhados pelas paredes da escola. Podemos ver pincéis, rolinhos e até rodos e vassouras para espalhar a tinta por suportes maiores. Além das próprias mãos das crianças, claro.

Modelagem
Massinha industrializada e caseira para manipular, brincar com acessórios diversos, como palitos, potinhos, cortadores, forminhas, rolos de massa etc. A proposta pode variar entre ser livre e vir com um desafio como, por exemplo, fazer docinhos de festa.

História
Ler é uma prática diária na escola e tem sempre um livro especial fazendo sucesso na sala ou um que seja escolhido especialmente para o dia da oficina. Entre as estratégias de leitura, a professora pode escolher se quer contar ou ler o livro. Pode usar recursos como fantoches, dedoches, objetos que representem os personagens e outros acessórios. Eventualmente a equipe se reúne e encena determinada obra, e as crianças ficam encantadas.

Fantasias
Entram como recursos para brincadeiras de faz de conta e para que as crianças curtam os diferentes espaços. O canto coletivo de casinha da escola é, na verdade, um grande castelo de papelão feito pelos adultos para as crianças. Ali cabem aproximadamente 10 crianças.

Banho nas bonecas
Proposto para os dias quentes. Bonecas em banheirinhas pequenas com um pouquinho de água e sabão, além de uma esponjinha e toalhas para secar. As crianças parecem amar a experiência e as bonecas saem, de fato, bem limpinhas da brincadeira.

Massagem
Um espaço com luzes indiretas e abajures. Colchonetes pela sala e uma porção de instrumentos para massagem no corpo e no rosto. Entre crianças e professores, um clima de confiança, cuidado e autoconhecimento.

Experiências com água
Experiências dentro do pátio com bacias e diferentes instrumentos como canecas, funis, caninhos e mangueiras para transpor a água de um recipiente para outro. Há também experiências que testam materiais que afundam e flutuam, e uma engenhoca interessante na área externa onde se coloca água na parte de cima e ela passa por uma garrafa, um potinho, uma mangueira cheia de curvas e cai em um balde. Terminado esse processo, as crianças começam de novo: colocam a água na parte de cima, ela desce e passa por uma garrafa, por um potinho, por uma mangueira cheia de curvas e cai no mesmo balde. A mesma água.

Experiências com ar
As possibilidades são inúmeras. Podem fazer brinquedos que voam, pequenas pipas, barangandãs e dragões chineses feitos de papel crepom. A última experiência relatada pela professora foi com potes de iogurte e pequenos objetos dentro para soprar e provocar movimento. Objetos mais pesados precisam de mais força do sopro e do ar, e objetos mais leves voam com um breve sopro.

Experiências com luz e sombra
A escola usa um retroprojetor para iluminar uma parede ou um suporte de tecido estampado na parede de uma sala. As crianças brincam fazendo sombras com o corpo, percebendo as sombras umas das outras, observando o que acontece com a sombra quando se aproximam e quando se afastam da luz; contam também com o apoio de uma série de recortes de figuras e objetos para observar e projetar. Assim, criam histórias, brincam com as formas, percebem a natureza e as relações entre luz, objeto e sombra.

De onde surgem as propostas?
De maneira similar ao desenvolvimento do trabalho em sala, as Oficinas também consideram aprendizagens adquiridas em experiências e brincadeiras vividas em projetos e sequências didáticas do cotidiano da escola e de cada turma. Esse percurso das aprendizagens de sala gera uma porção de conhecimentos, interesses e novos desafios para todos. Há propostas que passam a ser compartilhadas com todas as crianças nesses momentos especiais de Oficina e interação, entre elas o trabalho com as bolhas de sabão gigantes, a Oficina de pesos e medidas, a retomada de alguns jogos de matemática, estudos sobre o espaço, estudos de ciências com objetos que afundam e flutuam, caixas de observação com lupas e outras experiências.

Com o tempo e com a abertura que a oficina promove, a mesma proposta que um dia pertenceu a um estudo específico foi se ampliando para outros olhares, para outros objetos.

Outro exemplo disso é derivado das frequentes situações de culinária, graças a um espaço privilegiado da escola feito para as crianças com pia, mesa e utensílios para cozinha. Na oficina, estimula-se a participação coletiva para fazer a salada de frutas, que será servida como sobremesa da próxima refeição, confecção de bombons de chocolate, bolo, gelatina e o que mais o grupo planejar por ter relação com algo que estão estudando ou simplesmente para atender ao desejo das crianças.

O que a direção da escola pode garantir para que a oficina de convívio seja um sucesso

Antes da oficina
♦ Reunir os funcionários para explicar o que é uma oficina de convívio
♦ Convidar os funcionários novos a assistirem as oficinas com pontos específicos a serem observados
♦ Nutrir funcionários e professores com materiais de leitura sobre interações entre as crianças e autonomia
♦ Combinar com toda a equipe sobre as datas da oficina e os papéis de cada um
♦ Respeitar as ideias e sugestões de todos
♦ Garantir com a equipe que a oficina aconteça com regularidade
♦ Conhecer o potencial de cada funcionário envolvendo-os no processo educativo
♦ Acompanhar, sugerir e intervir no planejamento que antecede cada oficina
♦ Promover momentos de reflexão entre a equipe sobre a oficina
♦ Adquirir e organizar materiais para atividades de diferentes áreas de conhecimento
♦ Prever espaços e materiais que serão usados em cada oficina
♦ Sugerir materiais para apoiar as propostas das professoras e considerar os interesses de diferentes grupos

Durante a oficina
♦ Acompanhar a oficina e observar se os espaços e materiais estão adequados
♦ Observar se a relação entre o número de crianças, as propostas e os materiais estão adequados
♦ Observar e registrar a oficina por meio de relato escrito, vídeos ou fotografias para refletir com a equipe e poder apresentar às famílias em outro momento
♦ Garantir que todos cumpram suas funções de acordo com o planejamento da oficina, e caso haja algum contratempo, reorganizar as pessoas e as propostas
♦ Orientar as equipes a manterem os materiais organizados durante a oficina, pois o tempo todo crianças vão chegando para experimentar o espaço, gerenciar o tempo combinado.

Depois da oficina
♦ Pensar sobre seus pontos positivos e negativos
♦ Rever o planejamento para ver o que deu certo e o que não deu
♦ Levantar os desafios para a próxima oficina
♦ Fazer conversas sobre a oficina com a equipe
♦ Convidar diferentes educadores para observar e registrar a oficina com fotos e anotações
♦ Fazer as rodas de avaliação com as crianças sobre como foi a oficina
♦ Observar a reorganização dos materiais após a oficina para avaliar se os materiais precisam de reparos ou reposição (parte dessa reorganização deve ser feita com as crianças, nos minutos finais).

Conversar para planejar e avaliar

O planejamento da oficina é feito por toda a equipe da escola, que a cada reunião toma as decisões relativas aos detalhes e aos próximos passos para melhorar a experiência. A tomada de decisões para a próxima oficina considera outra ação importante que acontece também com as crianças: a roda de avaliação.

Nesta roda, as crianças contam quais foram as coisas mais interessantes experimentadas naquela manhã, como foi a exploração e fazem sugestões tanto para incrementar as oficinas existentes quanto em relação a novas práticas que podem surgir em oficinas futuras. Em geral as crianças falam detalhadamente sobre o que mais gostaram e quais foram as suas principais ações. Por sua vez, os professores, com base nessa conversa, conseguem pensar em melhores apoios para as próximas experiências. Por exemplo, um menino pode dizer que percebeu, em uma sala com luz e sombra, que ao se distanciar da luz a sombra ficava menor e, ao se aproximar, ela ficava gigante. É bem bacana perceber as  aprendizagens das crianças dentro dessas oportunidades, quando podem fazer suas experiências e repetir suas observações num contexto bastante variado e livre. Isso pensando nos tempos que cada criança pode ficar na atividade, nas parcerias que podem ser feitas com outras crianças e nos espaços que ela pode escolher para explorar.

A escola tem o olhar atento ao aproveitamento e aos interesses e ideias das crianças. Acredito que isso mantenha a comunidade infantil tão envolvida, tão dona da escola, tão apaixonada a ponto de lamentar quando é hora de ir embora e voltar feliz no dia seguinte pensando nas tantas coisas que podem viver e aprender ali.

Às vezes, eu avalio que a equipe dessa escola pensa com o frescor e a competência de criança e realiza com a sabedoria das pessoas mais experientes. Só assim para tornar concretas as inúmeras possibilidades que as crianças imaginam e perseguem no dia a dia, ampliando-as para gerar novas aprendizagens.

Posted in Revista Avisa lá #63.