Revista Avisa lá #50

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O artigo “Apoiando a construção de uma identidade positiva” relata um caminho percorrido pela escola para a convivência e o respeito às diferenças na Educação Infantil. A experiência trata, sobretudo, da questão étnico-racial e tem como objetivo resgatar e valorizar a identidade, por meio de uma pesquisa sobre as origens das crianças, articulando os diversos campos de experiências para garantir que elas se apropriem do tema de forma significativa.

Em “Lendo para conhecer um autor, a professora do 2º. ano do Ensino Fundamental relata que, a partir de uma formação, foi instigada a apresentar para os estudantes textos literários mais extensos, para serem lidos em capítulos, por vários dias. A experiência, desde seu início, resultou em conversas animadas em torno do livro e o desejo de se ler o capítulo seguinte. O grande interesse levou à leitura de outros livros do mesmo autor e, a partir daí, os estudantes começaram a identificar seu estilo e a fazer comparações entre os protagonistas, bem como, a discutir suas impressões sobre a obra, compartilhando os sentidos da leitura.

“O uso de materiais concretos e o ensino do sistema de numeração”. Será que o uso de materiais concretos ajuda a aprendizagem da matemática? Esta prática em geral faz com que muitos alunos não avancem em relação à reflexão sobre as diversas formas de calcular. É importante criar um ambiente no qual os alunos criem suas próprias hipóteses e sintam-se convidados a revelar a forma pela qual construíram suas ideias e apresentar as estratégias que empregaram para resolver determinado cálculo. A transição da contagem para o cálculo passa necessariamente por um trabalho de socialização dos conhecimentos matemáticos no grupo e pela construção de um repertório de resultados de memória que apoiem a resolução de outros cálculos.

“Entrevista a la carte” apresenta a entrevista como objeto de estudo, uma estratégia interessante no contexto de formação a distância para  coordenadores pedagógicos. No processo, as coordenadoras elencaram suas questões, encaminhadas, posteriormente a uma ex-diretora de creche pública e atual coordenadora de uma escola particular, que respondeu por meio de um podcast.  A interação com um parceiro mais experiente contextualizou as reflexões e provocou deslocamentos necessários para se alargar a visão, inserindo outros pontos de vista. Utilizar a entrevista como objeto de estudo permitiu conhecer as principais ideias de um autor, de um pesquisador, além de valorizar esse tipo de estratégia na formação.

Em “Um começo que instiga”, discute-se sobre o que fazer para ampliar o repertório de imagens nas produções infantis. O desenho com interferência foi questionado, por alguns anos, em função da convicção de que não respeitava a tão valorizada criação espontânea da criança. Sabe-se hoje, porém, que ele possibilita resolver questões da produção artística. Ou seja, quando um aluno recebe um suporte com uma proposta de continuidade, no mínimo terá de se perguntar como dará prosseguimento e como resolverá as questões que vão se colocando. Mas, as modalidades tridimensionais cabem neste termo? Esta é a questão discutida neste artigo.

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