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Leitura compartilhada: estratégia de ensino. Muitas vezes o ensino da leitura é guiado pela visão de que primeiro se ensina a ler, por meio da aprendizagem de uma técnica e, somente depois, se ensina a compreender. Mas, a concepção de aprendizagem como um processo que se dá por meio da interação do sujeito com o objeto de conhecimento, entende que não existe uma divisão taxativa entre “ensinar a ler” e “ler”. Uma prática social que deve estar presente no cotidiano da escola é a leitura compartilhada, já que favorece a circulação das estratégias utilizadas pelos diferentes leitores para atribuir sentido a um texto. Mas, como ensinar aos professores um trabalho de leitura que incida efetivamente nas aprendizagens das alunas e dos alunos? Esta é a questão discutida neste artigo.
Gestos de artistas e de crianças invadem espaços. A reformulação dos objetivos da área de Artes Visuais na escola, levou a coordenadora e as professoras a ampliarem o trabalho com modelagem em argila com as crianças, a partir de um olhar contemporâneo que propiciou a ocupação do espaço, a experimentação e a investigação das possibilidades do material. O percurso criador de Anna Maria Maiolino, artista italiana radicada no Brasil, veio ao encontro desse objetivo. O estudo sobre a artista e a sequência didática proposta aumentaram as possibilidades de contato das crianças com a modelagem. As diferentes estratégias levaram o grupo a criar uma instalação e a montar uma exposição na escola, que explicitaram os conteúdos aprendidos e o interesse por esse tipo de percurso.
Que espaço é esse? As crianças de 5 anos já possuem conhecimentos bastante significativos sobre os espaços que frequentam, como a própria casa, a sala de aula ou o pátio da escola, pois interagem diariamente com eles. Mas, os conhecimentos sobre os espaços não são espontâneos, nem naturais e, para se apropriar deles, é preciso pensar e refletir sobre as relações entre espaço e forma. Considerando a importância de tais aprendizagens foi proposta uma sequência de atividades denominada “Construção de circuitos” que apoiou as crianças a se localizarem e encontrarem objetos com autonomia, possibilitando, assim, uma representação do espaço.
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