MARCIA C. S. BUENO, ROSELAINE BARBOSA REANE, TELMA MARIA APARECIDA NOGUEIRA, LIANE K. RIZZATO¹
TRANSFORMAÇÃO DOS JEITOS DE LER DAS CRIANÇAS, PROFESSORAS E COMUNIDADE ESCOLAR É POSSÍVEL QUANDO HÁ COMPROMETIMENTO INSTITUCIONAL E ATUAÇÃO DIRETA DOS DIRETORES.
Quando uma formação em rede² tem por objetivo transformar realmente uma prática, a escolha do foco, assim como o trabalho com todos os profissionais envolvidos, são aspectos fundamentais. No nosso caso, este ano o tema foi a leitura, e o propósito, formar uma comunidade de leitores. Iniciamos um trabalho de envolvimento da equipe e da comunidade para o desenvolvimento de atividades que valorizassem a leitura enquanto instrumento de emancipação social e pessoal, de modo que esse hábito fosse estimulado desde a tenra infância. Direcionamos as ações nesse sentido por acreditar que “garantir o acesso à leitura e à escrita é direito de cidadania. A escola tem um papel importante a desempenhar na concretização desse direito, contribuindo na construção do conhecimento de crianças e adultos”³.
Embora as professoras, sem dúvida, sejam as grandes responsáveis pelo processo de forma Embora as professoras, sem dúvida, sejam as grandes responsáveis pelo processo de formação de leitores, acreditamos que cabe à gestão escolar se corresponsabilizar pela aprendizagem das crianças. Assim, nós, diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica, nos engajamos na formação de uma comunidade leitora.
A formação continuada gestada pela escola ganhou espaço privilegiado de produção de conhecimento. Propiciou às professoras a troca entre pares, o diálogo com a situação real, a reflexão sobre a prática.
1 Diretoras de EMEBs da Rede Municipal de Educação de Jundiaí (EMEB Prof. Nelson A. F. Brito, EMEB Prof Owen Zilio, EMEB Ruth Carturan Wiemann, EMEB Prof.a Judith Arruda Carreta). 2Sistema Municipal de Educação de Jundiaí – SP.
3 Sonia Kramer em Alfabetização, leitura e escrita. São Paulo: Ática, 2010.
Diagnóstico
Ao iniciar um trabalho de mudança e transformação, é importante fazer um bom diagnóstico. Portanto, selecionamos algumas questões que nos auxiliassem a confrontar o projeto político-pedagógico e a prática:
♦ Como a leitura aparece no projeto político pedagógico da escola e em sua prática?;
♦ O acervo de livros é suficiente e de boa qualidade?;
♦ As crianças têm acesso aos portadores textuais?;
♦ A leitura aparece no dia a dia da escola como prática social?;
♦ Qual valor a equipe escolar dá para as propostas destinadas à leitura?;
♦ Como o trabalho com essa temática aparece no planejamento e registros das professoras e nos registros das crianças?;
♦ Como as crianças se comportam diante de livros e em momentos de leitura compartilhada e contação de história?;
♦ Qual a relação dos adultos da comunidade escolar (equipe e famílias) com a leitura?;
♦ Quais são as características de um bom espaço para leitura?;
♦ Há nessa escola espaços que podem ser considerados convidativos à prática de leitura?
Enfim, muitas são as perguntas possíveis de serem feitas a partir do momento em que decidimos olhar para as práticas de leitura da escola com uma postura investigativa. Apesar de estarmos imersas na realidade, os desafios da nossa atuação impõem o exercício investigativo e o distanciamento em busca da desnaturalização das práticas e vivências da escola. A necessidade de se “parar para olhar”4 se coloca continuamente em nosso trabalho de gestoras, pois práticas que parecem estar estabilizadas e garantidas ainda necessitam de reflexões e esforços por avanços, manutenção e continuidade. Embora todos os profissionais da rede estejam participando da formação, há que se ter momentos para unificar as linguagens e ações a fim de que o resultado beneficie a criança, a equipe de profissionais e a coletividade. O processo de formação em rede nos possibilita decidir juntos o que fazer, e projetar ações de modo que possamos romper paradigmas antigos e ter um fazer pedagógico renovado.
Por meio de um bom diagnóstico, e em parceria com a coordenadora pedagógica, temos condições de desencadear ações, avaliar e retroalimentar os processos de formação e manutenção das conquistas, revisitando constantemente as práticas.
Socialização de experiências
Nos momentos de formação dos diretores das EMEBs5 fomos convidadas a socializar nossas práticas relativas à temática da leitura. Os encontros foram organizados de modo a estabelecer um diálogo entre o referencial teórico e as experiências escolares, a fim de que pudéssemos fazer um diagnóstico da realidade local e a partir daí, elaborar estratégias para transformação dos espaços escolares para as novas propostas, assim como para a revisão e ampliação de práticas de leitura.
O processo de socialização foi pouco a pouco delineado e permitiu a integração entre nosso grupo de diretoras, num sentimento coletivo de solidariedade e cooperação, para a construção de novos ambientes de leitura.
O movimento de compartilhamento possibilitou o ressurgimento de outras ações, em diferentes instituições, com respeito à realidade local, às limitações de verba e infraestrutura. Cada uma de nós teve a oportunidade de olhar as práticas apresentadas, refletir sobre o seu próprio fazer e levar para a discussão do grupo de diretores diversas experiências relativas à leitura.
À medida que os encontros aconteciam, refletíamos sobre o valor que os profissionais atribuem às práticas de leitura. Dialogamos a respeito do que é um bom espaço para leitura, o valor que cada um dá às propostas, sobre o comportamento das crianças diante dos livros, os medos e angústias dos profissionais em relação à acessibilidade aos livros do acervo da escola.
É um projeto de grande porte que exige a organização de várias etapas contínuas que variam de acordo com a realidade e o momento de cada instituição. Alguns depoimentos dão visibilidade à multiplicidade dessas ações possíveis e necessárias:
5 Escolas Municipais de Educação Básica que atendem a faixa etária da Educação Infantil (crianças de 3 a 5 anos de idade).
Escola 1 – EMEB Owen Zilio. Diretora: Roselaine. Leitura para todos
Mobilizamos, nesse final de terceiro bimestre, a equipe escolar por meio de um questionário e, posteriormente, com encontros e reuniões, a fim de avaliarmos as ações implantadas; aspectos positivos, negativos, quais tiveram maior impacto na aprendizagem e quais necessitam de transformação. Levantamos, ainda, quais intervenções seriam feitas para a manutenção do trabalho desenvolvido e quais seriam priorizadas, além do trabalho primordial de formação in loco. Concluímos que o acesso aos livros, às revistas e aos jornais se constitui fonte imprescindível de formação. Desse modo, optamos por adquirir várias coleções de literatura infantil e adulta, a fim de oferecer subsídios e estímulo à prática leitora. A partir daí, traçamos propostas de ação para o próximo ano priorizando a renovação e reposição do acervo, com indicações de títulos selecionados a partir de critérios pré-estabelecidos e a diversidade de gêneros. Além disso, com a reorganização anual e o ingresso de grande parte do corpo docente e discente é fundamental logo no início do ano letivo compartilhar todo o trabalho desenvolvido, com novos funcionários, pais e alunos.
Reorganização dos espaços de leitura
Depois de algumas reflexões sobre a importância da organização do espaço escolar no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, analisamos como nossos espaços estavam organizados. Favorecem a atividade leitora? Diagnosticamos a necessidade de reorganização de alguns ambientes que deveriam ser pensados e planejados a fim de favorecer experiências que valorizassem a leitura enquanto instrumento de emancipação social e pessoal, de modo que esse hábito fosse estimulado desde a tenra infância.
Para a reorganização dos espaços foram necessárias modificações, tanto estruturais quanto pedagógicas, e que necessitaram da mobilização dos gestores, professores, funcionários, pais, alunos e comunidade escolar. Passamos também a valorizar significativamente espaços não edificados, explorando a área externa da escola e entorno.
Foi consenso a ideia de que o espaço educador, fonte de oportunidades e visto como ambiente vivo em constantes transformações, deveria ser acolhedor, harmonioso, transmitir-nos sensações, evocar recordações e convidar crianças e/ou adulto à leitura por deleite. Para tanto, quatro fatores alicerçaram o replanejamento de nossos espaços e ações educativas voltadas para o desenvolvimento significativo de atividades de leitura: possibilidades de transformação, interações diversas de movimento e oportunidade de apropriação do espaço.
Assim, algumas ações foram implantadas em nossa unidade escolar:
♦ Enriquecimento dos cantos de leitura da sala de aula;
♦ Favorecimento da acessibilidade aos livros, transferindo-os da sala da coordenação para a sala dos professores/funcionários;
♦ Utilização dos espaços externos para atividades de leitura;
♦ Reestruturação de materiais e espaços: criação da mala de leitura e do trem da leitura;
♦ Mural com indicações literárias, tanto para adultos quanto para crianças, elaborado por alunos, docentes e demais funcionários;
♦ Reorganização da recepção da escola com uma minibiblioteca aos pais, alunos e comunidade para que tivessem acesso livre ao acervo literário da unidade,
♦ Informativos sobre o nosso acervo infantil, infanto-juvenil e adulto disponível para empréstimo à comunidade.
Escola 2 – EMEB Profa Ruth Carturan Wiemann – Diretora: Telma
Projeto ditando ações conjuntas
A elaboração anual do Projeto Pedagógico da escola é um momento ímpar para que o ano letivo inicie com metas e objetivos bem definidos. É um documento vivo da escola, que faz parte do cotidiano, da rotina, dos projetos desenvolvidos no decorrer do ano, por todos: equipe escolar, comunidade e pais. Dessa forma, é preciso ouvir os anseios e buscar atender as expectativas pedagógicas através das necessidades de nossos alunos. Para o ano letivo 2014, contemplamos em nosso Projeto Pedagógico (PP), “Escola e família: integrar para educar e transformar” e o Projeto Institucional “Literatura Infantil: A arte que forma leitores” também compôs nosso PP.
Ao concluir o documento (PP), a equipe gestora buscou, no decorrer do ano, instigar as equipes pedagógicas e operacionais da escola6, além de buscar parcerias com as famílias e comunidade. Visamos garantir que a leitura tivesse seu espaço garantido diariamente na sala de aula, atingindo os protagonistas, nossos alunos.
Depois da elaboração do documento PP em uma ação coletiva, a equipe gestora, diretora e coordenadora lançou-se no desafio da organização das HTPCs7, momentos de estudos e orientações da formação profissional, que acontecem na própria escola. Enfrentando esse novo desafio, a equipe gestora se debruçou na busca de teóricos e exemplos práticos que embasassem o foco da formação. Fomos, então, contempladas com a formação em rede8 no sistema municipal de ensino; e o tema foi leitura. A formação atendeu à demanda da equipe gestora e a dos professores com formação específica para cada grupo de profissionais, provocando a reflexão sobre o papel de cada um na escola: da diretora, da coordenadora pedagógica e dos professores.
As gestoras e os professores participaram das formações, e nas HTPCs, socializamos as formações específicas, o que enriqueceu em muito a qualidade da formação na Unidade Escolar.
6 Formada pelo assistentes de administração, agentes de serviço operacionais e cozinheiros.
7 Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.
8 esenvolvida pelo Instituto Avisa Lá.
Famílias em ação
A partir da “Roda – roda de história”, foi realizado um revezamento de professores nas diversas salas de aula para contar ou ler histórias para diferentes turmas. Integramos também a comunidade nesse trabalho; mães, pais, avós e avôs vieram à escola para ler histórias ou contar causos para os filhos. Desse modo, a comunidade passou a ser receptiva à ação e tivemos que agendar datas, pois muitos membros queriam participar.
Outra ação que teve o envolvimento da família foi a feira do livro que acontece anualmente na escola. Aproveitamos essa oportunidade e inauguramos a biblioteca literária adulta, com um acervo de duzentos e cinco livros de literatura adulta, com diversos gêneros, conquistados por meio de doações da equipe escolar e também da comunidade. Objetivos dessa proposta:
♦ Utilizar a leitura como fonte de prazer e informação;
♦ Oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer diversos gêneros textuais, autores, ilustradores;
♦ Qualificar os momentos de leitura com os alunos;
♦ Compartilhar experiências leitoras;
♦ Oferecer aos pais a oportunidade de ter contato com diferentes formas de expressão cultural e principalmente com a literatura;
♦ Organizar espaços e materiais para que sejam desenvolvidas propostas de leituras com alunos e com os familiares;
♦ Organizar espaços e materiais para que sejam desenvolvidas propostas de leituras com alunos e familiares;
♦ Conscientizar as famílias da importância de se inserir os filhos em ambientes que promovam a formação de leitor (visita à feira de livros, biblioteca pública, livraria) e
♦ Inserir a leitura no cotidiano familiar.
Escola 3 – EMEB Prof.ª Judith Arruda Carreta.
Diretora: Liane
Gestão de materiais
No início do ano, havíamos definido coletivamente que os esforços focariam quatro grandes ações: ampliação e melhoria da qualidade do acerco de livros da escola; reorganização do acervo e dos espaços para acesso das crianças aos livros; criação de um Clube de Leitores para incentivo à leitura entre os adultos da comunidade escolar e reorganização de espaços da escola para que se tornassem convidativos à prática da leitura.
Porém, tínhamos entraves: o reduzido acervo de livros não era suficientemente diversificado e ficava em uma sala a qual apenas os professores tinham acesso; não havia livros de literatura adulta; as salas não tinham cantos de leitura e a escola não tinha um espaço onde se podia montar uma biblioteca ou algo semelhante. Então, toda a equipe se mobilizou e envolveu as famílias. Diretora e coordenadora pedagógica foram a uma feira de doação de livros realizada por uma ONG e arrecadaram cerca de 60 títulos de literatura adulta, 20 de literatura infanto-juvenil. Uma família doou um carrinho de supermercado que foi reformado pela equipe e se tornou o carrinho de leitura circulante pelos espaços da escola; foi feita uma reorganização dos livros já existentes para que pudessem compor o acervo do carrinho de leitura e estivessem acessíveis às crianças. A SME disponibilizou edredons que foram transformados em expositores de livros para as salas de aula; com a verba arrecadada em evento da escola foram adquiridos 150 livros de boa qualidade para compor o acervo dos cantos de leitura das salas e para o desenvolvimento do Clube de Leitores da sala com empréstimo semanal de livros para as crianças lerem em casa; com verba da Associação de Pais e Mestres foi feita assinatura para recebimento mensal de gibis e também foi montada uma tenda de leitura em área verde da escola. Foram muitas conquistas em pouco tempo!
Isso se deu porque cada iniciativa contou com o conhecimento e a possibilidade de participação de todos os membros da comunidade escolar. Com o sucesso na gestão de materiais, as ações puderam ser colocadas em prática em tempo hábil e a leitura tem se tornado uma prioridade na vida de nossa escola.
Escola 4 – EMEB Prof. Nelson A. F. Brito. Diretora: Marcia.
Biblioteca Circulante
O Projeto “Biblioteca Circulante” tinha por objetivo que as crianças levassem livros para casa a fim de que tivessem um momento de leitura em família. Porém, antes do processo de formação em rede não havia por parte da equipe escolar uma preocupação com o acervo enviado e também com a forma com que esse recurso era transportado para casa. Ou seja, as crianças levavam para casa livros baratos, de baixa qualidade, em um envelope pardo.
A partir das reflexões tecidas nos momentos de formação, houve a desconstrução dessa prática e as professoras perceberam que, para além do acesso, estava em discussão o que oferecíamos – o conteúdo, gênero. Assim, o projeto foi reelaborado e contou com ações pontuais por parte das professoras, que conseguiram selecionar livros de boa qualidade, tanto textual como gráfico. Paralelamente, repensaram uma forma esteticamente melhor de encaminhá-los às famílias. Foram compradas malas plásticas e estas decoradas para que as crianças e as famílias valorizassem, tanto o livro, como o ato de ler. O resultado desse trabalho foi visível:
♦ Promoveu uma maior intimidade das crianças com os livros e entre elas nos momentos de reconto;
♦ Colocaram-nas em contato com questões importantes da sua própria vida – medos, emoções, angústias;
♦ Contribui para a socialização das histórias e atenção à sequência das mesmas;
♦ Perceberam por meio dos livros para que se lê e se escreve;
♦ Melhorou o desenvolvimento da oralidade, ampliou vocabulário;
♦ Aprimorou a construção verbal das histórias;
♦ Promoveu desenvoltura na leitura e reconto;
♦ Estimulou o interesse dos demais alunos pela história recontada e Favoreceu a aproximação dos pais ao universo da literatura infantil.
Experiência e transformação
Percebemos o quão importante é o papel do gestor/articulador/promotor de mudanças no cotidiano da escola, na tomada de atitudes e a na construção de pactos com a equipe escolar para que os espaços de leitura se modifiquem. Gestores mobilizaram ações para arrecadação de verbas e execução de pequenas obras e reparos para a criação de um bom espaço de leitura.
O desafio é trabalhar adiante para a manutenção desses ambientes, desenvolvendo ações de monitoramento para que o projeto de leitura seja permanente nas unidades escolares.
A aproximação com as famílias e o envolvimento dos pais nesse processo de leitura também se apresentou como dificuldade a ser enfrentada. Há que se descobrir aos poucos o melhor caminho de realizar o chamamento dos familiares até a escola, pois são necessárias estratégias bem definidas e atraentes para garantir a presença de uma parcela significativa desse segmento. Assim, palestras sobre o tema, presença de escritores, biblioteca comunitária, concurso de literatura e publicação dos textos e feira do livro, podem ser ações auxiliares nesse processo. Nesse sentido, Paro9 ressalta o quão relevante é que educadores e comunidade tenham consciência da importância da participação dos pais na vida escolar de seus filhos, e da necessária continuidade entre educação familiar e escolar.
A escola pode contribuir ao disseminar conhecimento e incentivar os pais a buscarem soluções concretas, junto aos professores, para seus filhos construírem uma nova história a partir da leitura e da escrita, para emancipação e formação de leitores críticos do mundo em que vivem.
O autor Jorge Larrosa diz que a experiência não é aquilo que passa por nós, mas aquilo que se passa em nós, aquilo que fica gravado nas nossas entranhas10. Passar a vida fazendo de tudo, sem deixar que experiências aconteçam, não permite que nos transformemos, tampouco mexe com nossas sensações, reflexões, ideias e conceitos. Isso só acontece quando temos abertura para observar, sentir e pensar o mundo. A arte, incluindo-se aí a literatura, pode nos ajudar nesse sentido, nos fazendo olhar a realidade de outras formas.
A dupla gestora pode criar e facilitar condições, pode promover ações a partir da articulação com os diversos segmentos da comunidade escolar. Os primeiros passos para despertar no aluno o interesse pela leitura, e contribuir no avanço do rendimento escolar, foram dados. Vale insistir nessa linha para minimizar as dificuldades. Percebendo a complexidade da leitura, já que ela tem ligação com tudo que se ensina na escola.
Portanto, considera-se que o planejamento e as definições, quando acontecem de maneira coletiva, constituem-se em possibilidade de avançar positivamente. Assim, a participação é um caminho democrático para uma educação responsável e de boa qualidade.